segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Na Escuridão



 Ao usufruir do transporte responsável para me levar ao trabalho, me deparei hoje com uma situação, uma ação, um fato muito fascinante!
Foi uma situação, porque nos últimos tempos e horas venho passando momentos bons, e difíceis quando não os tenho superados! Com isso, consigo ter o "felling" de observar e sentir as coisas. Meu senso crítico e artístico aflora em tempo real, conseguindo sair pelos meus poros como um simples suar do dia a dia. A ação que presenciei teve um carácter simbólico e meigo. Sinais de carinho eu vi, quando sobe no ônibus um casal com deficiência visual. Eles entram, procuram um lugar e se acomodam. Quando os observo percebo a princípio um jogo de carinhos entre o casal. Ela começa a beijá-lo no rosto, ele retribui com um cheiro  na orelha. Em seguida ela diz coisas ao seu ouvido, sussurrando, com um sorriso sigiloso. Ele também retribui da mesma forma.
Ele possui uma carácterística física de um rapaz do meio rural, com pele queimada, dentes fora de forma e meio assanhado. Ela tinha uma beleza de "moça direita", cabelos penteados, olhos verdes, branca e com roupas confortáveis. Ponto. 
Lembre-se de que meu senso está ligado neste momento!
Então, concluo meu trajeto com uma simples pergunta: neste caso, o Amor também é cego?!
A aparência não importa, e sim o conteúdo. O Amor não necessita de aparência, e sim, mais toque, atitude, utilização dos sentidos...


Liu S.